Este espaço nasce da curiosidade que tenho pela fotografia amadora. Como tal, aqui estão os meus "rabiscos fotográficos". Para que as fotos não apareçam, assim despidas, somente com a sua própria imagem, resolvi vesti-las com alguns pequenos poemas que vou rabiscando por aí.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pegadas sem Tempo

Foz do Arelho

Dizem que o tempo,
desenha caminhos,
deixa pisadas
no chão que trilhamos.
Qual será o momento,
quanto será o tempo
que precisamos?

Fotografia e Texto: Victor Gil

sábado, 11 de dezembro de 2010

Mar Imenso

Lisboa (Junto à Torre de Belém)

Letra a letra,
se escreve o amor.
Passo a passo,
faço caminhos distantes.
Gota a gota,
se forma um regato,
que nas asas do sonho,
caminhando em frente,
se faz mar imenso.


Fotografia e texto: Victor Gil

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Outono

Cores de Outono


Choram!
Choram as folhas devagar,
cativas no vento.
Tombam dispersas
nos canteiros dos jardins,
como sémen de Outono,
deitado em terra sem tempo.


Fotografia e texto: Victor Gil

domingo, 7 de novembro de 2010

Veredas

Pedra dos encontros


Veredas,
são caminhos estreitos,
atalhos de pedra
soprados pelo vento.
São carreiros no chão,
trilhos sem tempo.


Fotografia e texto: Victor Gil

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Abismos

Sitio - Nazaré


Que o poema,
seja um castelo de areia,
rompa a vastidão dos mares,
se desfaça nos abismos,
em pedaços.
Que levado na maré cheia,
possa banhar os teus pés,
possa roçar os teus braços.


Fotografia e texto: Victor Gil


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Recantos

Eucaliptos


Procuro,
nos recantos sombrios,
na coutada dos segredos,
desvendar o arvoredo,
aonde preciso cortar,
a flor dos meus medos.


Fotografia e texto: Victor Gil

sábado, 23 de outubro de 2010

Dia de chuva

Castelo Branco – (Dia de Chuva)


Esta chuva que molha
os olhos dos meus dias,
que me encharca as margens.
Derrama dos rios,
transborda dos leitos,
desenha turbilhões
em sonhos desfeitos.


Fotografia e texto: Victor Gil

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Susurros do mar

 Foz do Arelho


Sussurros do mar,
são vagas batendo nas fragas,
espumas bravas sem rumo.
De encontro às pedras vazias,
murmuram segredos,
dos beijos que espalhámos
nas pedras frias.


Fotografia e texto: Victor Gil