Castelo Branco – Vista do Monte de S. Martinho
Ai o tempo, o tempo!
Esse enganador das paixões,
traiçoeiro dos amantes,
perverso que adia os sonhos.
Que deixa na mudez das manhãs,
aquele incerto amanhecer,
que um dia ansiámos plantar,
mesmo à beira dos abismos.
Mas se um dia alguém,
entre as ruas que procuras,
estiver esperando numa janela,
mas de rosto entardecido.
Semeia ao vento o pensamento,
que o dia quando chegar,
vai acordar no tempo certo.
Fotografia e texto: Victor Gil